Ao todo são cumpridos 10 mandados de busca e apreensão. A investigação descobriu esquema de dispensa de licitação na cidade O Ministério P...
Ao
todo são cumpridos 10 mandados de busca e apreensão. A investigação descobriu
esquema de dispensa de licitação na cidade O Ministério Público e a Polícia
Civil deflagraram na madrugada desta segunda-feira, 16, a operação denominada
Críton, que tem como objetivo cumprir 10 mandados de busca e apreensão nas
residências de ex-vereadores, ex-secretário, e no gabinete da presidência atual
da Câmara de Vereadores de Formosa, na região Nordeste de Goiás.
O
juiz Fernando Oliveira Samuel da 2ª Vara Criminal, decretou como alvos da
operação o atual Presidente da Câmara de Vereadores Acinemar Gonçalves Costa,
conhecido como “Nema”, os ex-vereadores Antônio Faleiro Filho, Emílio Torres de
Almeida, Jesulindo Gomes de Castro, Jorge Gomes da Mota, Nélio Marques de
Almeida e Wenner Patrick de Sousa, além do ex-secretário Rodrigo Melo da
Natividade.
Entenda
A investigação desenvolvida pelo MP descobriu que entre os anos de 2012 e 2016
prefeitos e secretários de Formosa articularam e executaram um elaborado
esquema criminoso de dispensa indevida de licitações. Com isso, centenas de
apadrinhados e apoiadores políticos foram ilegalmente contratados para prestar
serviços na prefeitura sem a realização de concurso público. Os crimes
praticados no período foram possíveis mediante o emprego fraudulento de uma
Cooperativa de Catadores de Lixo (Cooperativa Recicla) que intermediava as
contratações, e resultou em prejuízos milionários aos cofres públicos, cerca de
R$20 milhões.
Os
ex-prefeitos Pedro Ivo de Campos Faria e Itamar Sebastião Barreto, além dos
ex-secretários Abílio de Siqueira Filho, Eduardo Leonel de Paiva e Gilmar
Francisco de Sousa, e da funcionária da Cooperativa Flavineide Rocha, foram
condenados em julho deste ano a penas de detenção que variam de três a cinco
anos, a serem cumpridas em regime aberto, e ao ressarcimento dos cofres
municipais no âmbito da operação Treblinka, realizada em julho de 2019.
O
Ministério Público, nesta segunda fase, busca responsabilizar os agentes
políticos da época que se valeram da condição de vereadores e secretário para
solicitar vantagem indevida, consistente em contratações sabidamente ilegais de
seus protegidos políticos, via Cooperativa de catadores de lixo, para a
prestação de serviços ao Poder Público municipal, o que configura o delito de corrupção
passiva.
A
operação é coordenada pelo promotor de justiça Douglas Chegury e o delegado
regional de polícia civil José Antônio Sena. Em caso de condenação, os
investigados estão sujeitos a uma pena de reclusão de dois a 12 anos. Fonte: jornal
opcao
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