Quer se manter informado, ter acesso a mais de 60 colunistas e reportagens exclusivas? BRASÍLIA - A Caixa e o Banco do Brasil decidiram pe...
Quer se manter informado, ter acesso a mais de 60 colunistas
e reportagens exclusivas? BRASÍLIA - A Caixa e o Banco do Brasil decidiram
permanecer na Federação Brasileira dos Bancos (Febraban), segundo apurou
o Estadão/Broadcast. Para o comando das instituições oficiais, a
"solução" encontrada pela associação dos bancos agradou as duas
partes.
Nesta quinta-feira, 2, a Febraban reafirmou, em nota, o
apoio ao manifesto que pede a pacificação entre Poderes. No comunicado, a
entidade procurou se desvincular das decisões da Federação das Indústrias
do Estado de São Paulo (Fiesp), cujo presidente, Paulo Skaf, optou pelo
adiamento do documento. A previsão original era divulgá-lo na última
terça-feira.
No entanto, a Febraban não divulgou o manifesto. Também não
assinará o documento, caso ele ainda seja divulgado pela Fiesp e nem publicará
seu próprio manifesto - essa era a principal exigência dos bancos públicos.
Assim, a federação dos bancos deu o assunto por encerrado –
e o comando dos bancos públicos também. O presidente da Caixa, Pedro
Guimarães, que capitaneou a ameaça, ficou menos satisfeito e não participou
pessoalmente das negociações ontem. Já o presidente do BB, Fausto Ribeiro,
foi para São Paulo para resolver o impasse.
A Febraban manifestou também “respeito pela opção do Banco
do Brasil e da Caixa Econômica Federal, que se posicionaram contrariamente à
assinatura do manifesto” e ameaçam deixar a entidade caso ela mantenha o
endosso ao documento. Essa parte também agradou o comando dos bancos públicos.
A Febraban decidiu reiterar o voto da maioria de seu
conselho e manter o apoio ao manifesto, que não cita o presidente Jair
Bolsonaro nem faz críticas diretas ao governo federal.
A entidade das instituições financeiras destaca na nota que
a adesão ao manifesto “A Praça é dos Três Poderes” se deu em “um contexto
plurifederativo de entidades representativas do setor produtivo cuja única
finalidade é defender a harmonia do ambiente institucional no País”.
A publicação do manifesto, prevista para terça-feira, foi
suspensa por Skaf – após conversa por telefone com o presidente da
Câmara, Arthur Lira (Progressistas-AL) – com o argumento de que é
necessário mais prazo para que associações decidam pela adesão ou não. O prazo
final estabelecido por Skaf seria o fim da tarde desta sexta-feira, mas a
expectativa é de que o comunicado seja publicado apenas após o 7 de
Setembro, quando estão previstos atos convocados por Bolsonaro e
apoiadores.
Para a Febraban, “o conteúdo do manifesto, aprovado por sua
governança própria, foi amplamente divulgado pela mídia do País, cumprindo sua
finalidade”: “(A Febraban) Confirma seu apoio ao conteúdo do texto que aprovou,
já de amplo conhecimento público, cumprindo assim o seu papel ao se juntar aos
demais setores produtivos do Brasil num pedido de equilíbrio e serenidade,
elementos basilares de uma democracia sólida e vigorosa”, diz o comunicado.
O texto que circulou entre associações empresariais dizia
que a harmonia “tem de ser a regra” entre os Poderes e que é “primordial” que
todos os ocupantes de cargos relevantes da República sigam a Constituição. As
entidades da sociedade civil afirmam que “veem com grande preocupação a escalada
de tensões e hostilidades entre autoridades públicas”, que o momento exige
aproximação e cooperação entre Legislativo, Judiciário e Executivo e que cada
um atue com “responsabilidade nos limites de sua competência”.
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